Wednesday, September 29, 2004

Após a tormenta sempre vem a bonança ( eutanásia )

Desprezar não é mais que um verbo
desgastante , angustiante , fixo ...
As coisas apenas são desprezadas e jogadas na lata do lixo.
Seu desprezo vira a minha salvação,
minha colheita e meu pão.

Angustia-me o desprezar , como ser vivente ,
Fora de um contexto cheio de sinônimos e antônimos.
Vivo com a certeza de que não sou bem-vindo.
Vivo com a ternura dos amargurados e
vôo na idiotice de minhas palavras vazias.

O cheiro do romance me enoja.
Suas palavras me levam ao purgatório
Queimo entre as chamas do inferno ao ver quão forte Afrodite está .
Escuto o meu último réquiem ,
Adormeço em sono proibido além do oceano de luz ...
O mar de desilusões me chama .

Afogaria-me se isso me fosse possível ,
Deus me humilha negando a morte de mais um demônio amigo;
Eu ... novamente implorando pela cicuta de cada dia.

Seria , sim , uma benção , sentir a agonia de uma faca cortando-me a garganta.
Em nome do pai ... não veja sua cria notar quanto é impotente e insignificante.
Por amor ao filho ... liberte-o de suas garras terrenas. Leve-o com a brisa mais pura..
Brisa essa , proveniente de um abatedouro humano ...
O céu .

Despreza-me em teus mínimos critérios doentios;
Ao Rei dos hereges, o limbo (lixo)


Caio Gurgel ( poems to a mad )

No comments: