Wednesday, April 27, 2005

Psique

Sê teu pai e estupre a primogênita.
Sê normal e reinvente-se em sua postura antropofágica.
Sê João e ame o bastardo.
Sonhe e iluda-se com os devaneios de uma sociedade subliminar.
Carregue o estigma de um ser autômato.
Sê nulo e sinta a maré bater-lhe os pés atados.
Ouça os poetas mortos em gozo;
Assassinos (nada além de criaturas imperfeitas).
Reflexões em parábolas,
Cicatrizes diabéticas... enfermos in utero.
Sê tu e outro, em carne e vísceras,
Explorando as contradições de ser você mesmo,
Deleitando-se no vazio de teus pensamentos,
Frustrando-se com a promiscuidade de tua mãe.
Sê tu e outro, em carne e vísceras,
E descubra o ódio no amor,
E em todos os gritos de um presídio evacuado pela peste.
Sussurre meu nome em noite de lua azul.
Levado será ele pelo vento que poliniza teu roseiral.
Às alturas, planando sem rumo, indiferente...
Apenas indiferente.
Caio Gurgel de Medeiros

1 comment:

Anonymous said...

aee caio
nao entendi mto bem seu texto, mas de qualquer forma... ficow mto bom! nunca sai nada desse tipow qnd começo a escrever...
ei fiquei mto feliz em ler ali em baixo q vc saiu da sua depre, viu?! =) quero v vc bem! HUEHEUHAH vamos marcar d saaaaaaaaaaaaaaaair!