Hoje eu chorei, mas qual o sentido do choro? Tudo não passa de ilações descomprometidas. Pretensões falsas e modéstias hipócritas ainda colorem o céu em azul e grená. Não há necessidade de sucumbir a sentimentos tão pífios. Caminhos e descaminhos entrecruzam-se ao passo que nos lançamos ao abismo da atemporalidade.
Lirismo, demagogias metafísicas, culpabilidade transcendental; ele continua a reter os olhos em mim. Subserviência marca o tom passivo de minhas palavras perante Odin.
Nada além de desprezo e dor. Tumores infestam minha alma, enquanto ouço guizos ao longe. Seqüelas de um não temente. Cicatrizes de uma vivência condicionada. Como posso segurar o pranto se este não mais me pertence? Exalamos angústias e piedade. Mediocridade vista à longa data. Tudo não passa de ilações inacabadas.
1 comment:
Adoro textos curtos e intensos, como este. Meus parabéns.
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